quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Transgressão Como Gesto Libertário

Na ordem da natureza o Homem apresenta-se como parte insignificante da mesma. Porém, a vida social e seus sistemas simbólicos, exige deste Homem, uma rede de interdições, que soam como modo de demarcar a ruptura entre o Homem e o animal. Talvez por esta razão, ele se depare com a função de produzir transgressões e assim assinalar para a possibilidade de criar fissuras. Não que tal ato signifique um regresso à natureza selvagem, ao contrário, parece ser mais uma expressão de si mesmo que se manifesta na tentativa de não permitir sua reificação.
Este Homem que não se deixa reificar, é o mesmo que combate o universo modelar buscando brechas na muralha da moral, tentando assim, encontrar a face da tolerância e do equilíbrio. Deste modo, combate o temor e revigora o ânimo da natureza humana.
Quem sabe um dia a sociedade encontre a dosagem exata e eficaz da moral, capaz de tornar este Homem livre sem que para tanto, ele precise buscar a clandestinidade além muralhas... .

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