sábado, 17 de abril de 2010

Múltiplos são os caminhos...

"À violência é sempre dado destruir o poder; do cano de uma arma desponta o domínio mais eficaz, que resulta na mais perfeita e imediata obediência. O que jamais poderá florescer da violência é o poder." (Hannah Arendt)
O homem violento, aquele que acredita em sua força, este não tem poder. O poder só pode ser encontrado onde não há violência. Uma coisa é obediência e medo outra é o real sentido daquilo que transforma sem agredir. Esta é uma das razões pelas quais a democracia apresenta-se como algo frágil pois, está implícito em sua natureza este caráter de incompletude na medida em que dá ao outro a compreensão de que não há uma imposição antecipada. Ao contrário, o que existe é o direito da autoprodução dentro do percurso.
Os riscos e as múltiplas possibilidades de escolhas fazem parte deste contexto de tolerância e respeito. Embora haja o risco, este sinaliza para a ausência de passividade e também para o recuo que as atitudes absolutas podem despertar com a falsa sedução de uma ordem preexistente.
Faz parte do exercício da maturidade entender que a tolerância pode ser um caminho para uma convivência mais pacífica e que tal atitude não significa passividade. Portanto, nem sempre é necessário que o mais forte seguido, pois múltiplos são os caminhos... .

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