segunda-feira, 7 de junho de 2010

O que podemos tirar das lições de Prometeu, Orfeu e Narciso

O homem age impulsionado por necessidades de sobrevivência, para satisfazer apetites e desejos, pela necessidade de crescer ou até pelo anseio de sobrepujar-se aos outros. Para Hegel, o homem é um desejo. Para Marx, é uma necessidade, ou melhor, é um sujeito portador de necessidades.
Onde estaria então a origem da infelicidade do homem moderno? O acúmulo de erros através dos tempos nos mostra as contradições de um prazer que em si mesmo é pecaminoso; isto não no sentido religioso, mas sobretudo no que diz respeito ao remorso que este é capaz de gerar na personalidade humana. É óbvio que neste tema podemos sim nos aproximar de vários cultos religiosos que usam a autopunição e o sofrimento como forma de atenuar o direito humano à felicidade.
Parece que o homem moderno foi forjado à imagem de Prometeu, que conquistou o fogo, instruiu os homens, mas foi finalmente preso, atormentado e acorrentado. O ideal do homem, para Marcuse por exemplo, seria a figura do lírico Orfeu cantando a beleza da natureza e também do belo Narciso que, amando a si mesmo, também amaria toda a humanidade.

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