segunda-feira, 21 de junho de 2010

Tempo, Destino e Liberdade Finita

Fazemos a experiência do tempo quando contamos com ele, quando consultamos o relógio, quando nos arrependemos com o tempo perdido, quando aguardamos uma data ou evento e também em muitas outras circunstâncias tristes e alegres.
A espera é um porvir até que se torne verdadeiramente presente. Faz parte da gênese da existência este contra-movimento e dentro deste contexto, a finitude e o tempo se expressam como possibilidade, mas que conserva um laço com algo que se furta e se desvia. Parece que o tempo rejeita a si próprio na medida em que se apresenta em sua finitude. Neste caso, a primazia do porvir, como tempo futuro, pode servir de consolo para o tempo presente; não esquecendo aqui de considerar o tempo como passagem.
Se é verdade que há um tempo para tudo, o que isso quer dizer? É preciso antes de tudo lembrarmos que não há tempo natural, visto que esta questão também é fruto da convenção humana na tentativa de tornar mais fácil a convivência entre os homens.
O tempo é em sua essência finito e aberto. Finito porque é mensurável, daí a nostalgia que sentimos daquilo que já passou e aberto por nos gerar imagens de um horizonte que se abre através de nossos sonhos e principalmente porque é um constante porvir.
" Derivar a historicidade da temporalidade é mostrar que a temporalidade abriga algo como um destino, que é o nome da liberdade finita." ( Martin Heidegger)

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